quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Palavra do momento: Volatilidade

24/01/2008 - 13h08

Bovespa opera em forte alta após plano de socorro a seguradoras nos EUA

Da Redação
Em São Paulo
A decisão do governo dos Estados Unidos de detalhar um plano para auxiliar seguradoras de títulos com problemas e protelar uma nova leva de baixas contábeis bilionárias deu impulso aos mercados de ações nesta quinta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em forte alta, enquanto o dólar cai.

Por volta das 13h, o Ibovespa, principal indicador do mercado de ações, avançava 4,89%, aos 56.885 pontos (acompanhe gráfico da Bolsa com atualização constante).

O dólar, ao contrário, estava em baixa. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía 2,19% e era vendida a R$ 1,785 (veja quadro com a cotação do dólar).

Arte UOL
Quadro mostra perdas e ganhos da Bovespa acumulados nos últimos meses. Veja aqui
Os mercados asiáticos fecharam em alta pelo segundo dia, repercutindo a notícia sobre os planos do governo americano. Na Europa, os principais índices de ações sobem fortemente.

O plano do governo americano foi anunciado na noite de quarta-feira (22), depois do fechamento dos negócios da Bolsa brasileira. Mas os principais índices da Bolsa de Valores de Nova York ainda funcionavam e acabaram encerrando em alta de mais de 2% cada.

Volatilidade
O medo de uma recessão nos Estados Unidos tem imposto volatilidade aos mercados financeiros globais desde o início do ano. Nesta semana, particularmente, as oscilações foram mais intensas. Na segunda-feira, a Bovespa caiu 6,6%; na terça, subiu 4,45%, com a redução forte e inesperada do juro básico americano (de 4,25% ao ano para 3,5%); na quarta, a Bolsa brasileira caiu mais 3,32%.

"Estamos à mercê dos mercados externos. Aqui só nos resta a cautela", disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da Corretora Liquidez, acrescentando que o mercado reage pontualmente a toda notícia que vem de fora que possa ajudar a avaliar os riscos de uma possível recessão.

"Hoje temos a reação do plano de ajuda das seguradoras e o PIB da China, que está muito forte", disse o gerente, lembrando que qualquer notícia pode mudar o cenário. "Não tem jeito, a palavra do dia e dos próximos meses é volatilidade."

Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, ressaltou que o alto diferencial de juros a favor do Brasil, realçado pelo forte corte da taxa do Federal Reserve, "além da expectativa de continuidade das exportações das commodities devem continuar neutralizando parte das eventuais pressões de alta do dólar ante o real".

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