sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Mercado de Opcoes - Exemplos

1) Compra de Opções de Compra - assumindo uma posição Titular de Opções de Compra

Para a realização dessa estratégia, o investidor adquire opções de compra, pagando por elas uma quantia em dinheiro (o prêmio) na abertura da operação. Em decorrência disso, ele passa a ser titular das opções de compra, tendo, portanto, o direito de adquirir as ações pelo preço de exercício, se isso for interessante para ele.

Supondo que o investidor permaneça no mercado até o vencimento das opções, descrevemos, abaixo, a abertura da operação e dois possíveis resultados quando do seu encerramento.

Momento 1 - a abertura da operação, em 21/10/xxxx

Dados relevantes

Ação objeto: Y ;

Quantidade de ações por opção: 1.000

Preço a Vista: $52,00;

Preço de Exercício da Opção de Compra: $50,00

Prêmio da Opção de Compra: $ 3,00;

Vencimento da Opção: 18/12/xxxx

Dispêndio na abertura da operação: $ 3.000,00 (1.000 * $3,00)


Momento 2 - o encerramento da operação em 18/12/xxxx

Hipótese A - supondo que o preço a vista seja superior ao preço de exercício, por exemplo $60,00.

Dada essa condição do preço a vista, será interessante para o investidor exercer seu direito de comprar as ações por $50,00, podendo vendê-las a vista no mesmo pregão por $60,00. Além disso, o investidor poderia alternativamente vender a opção em mercado, por um prêmio provavelmente igual a $10,00.

Desconsiderando-se os custos envolvidos nas transações, o resultado do encerramento em ambas as situações seria de $10.000,00:

Exercício + Venda a Vista:

(-50,00 * 1.000) + (60,00 * 1.000)

Venda das Opções de Compra:

10,00 * 1.000

Resultado Final da Operação (A): o investidor apurou um ganho de $7.000,00 ( 10.000,00 - 3.000,00)


Nota: é interessante ressaltar que o exercício não é automático. Caso o investidor não o solicite ele não será feito, o que significará que o investidor deixará de obter o ganho de $10.000,00.

Como após o vencimento as opções expiram (perdem sua validade), o resultado para o investidor, nesse caso, será a perda total do valor pago quando da aquisição das opções ($3.000,00).

Hipótese B - supondo que o preço a vista seja inferior ao preço de exercício, por exemplo $45,00. Nessa situação não será interessante exercer a opção (comprar as ações por $50,00) e o investidor deixará que ela expire.

Resultado Final da Operação (B) : o investidor perdeu a totalidade do capital investido ($3.000,00)

No gráfico abaixo, o qual mostra o perfil de lucro/prejuízo no vencimento da opção, podem ser melhor visualizados os potenciais retornos/riscos propiciados por esta estratégia.

2) Venda de Opções de Compra Descobertas - assumindo uma posição Lançadora de Opções de Compra Descobertas

Na realização dessa estratégia, o investidor vende opções de compra sobre ações que não possui, recebendo por elas uma quantia em dinheiro (o prêmio) na abertura da operação. Em decorrência disso, ele assume a obrigação de, se solicitado, atender o exercício do titular. Ou seja, se o titular quiser comprar as ações pelo preço de exercício, ele se compromete a vendê-las.

Supondo que o investidor permaneça no mercado até o vencimento das opções, descrevemos, abaixo, a abertura da operação e dois possíveis resultados quando do encerramento.

Momento 1 - a abertura da operação, em 21/10/xxxx

Dados relevantes

Ação objeto: Y ;

Quantidade de ações por opção : 1.000

Preço a Vista : $52,00;

Preço de Exercício da Opção de Compra: $50,00

Prêmio da Opção de Compra: $ 3,00;

Vencimento da Opção: 18/12/xxxx

Recebimento na abertura da operação: $ 3.000,00 (1.000 * $3,00)

Momento 2 - o encerramento da operação em 18/12/xxxx

Hipótese A - supondo que o preço a vista seja superior ao preço de exercício, por exemplo $60,00.

Dada essa condição do preço a vista, o investidor será exercido, ou seja, terá que vender as ações por $ 50,00 (o preço de exercício). Como ele não possui as ações, irá adquiri-las no mercado a vista por $ 60,00.

Desconsiderando-se os custos envolvidos nas transações, o investidor tem um desembolso de $10.000,00:

Exercício + Compra a Vista:

(50,00 * 1.000) + (- 60,00 * 1.000)

Resultado Final da Operação (A) : como o investidor teve que comprar as ações no mercado a vista por um preço superior ao do preço de exercício, na operação como um todo ele teve uma perda de $7.000,00 ( 10.000,00 - 3.000,00)


Hipótese B - supondo que o preço a vista seja inferior ao preço de exercício, por exemplo $45,00.

Nessa situação o lançador não será exercido e, portanto, não precisará vender as ações pelo preço de exercício e reterá a totalidade do prêmio recebido no início da operação.

Resultado Final da Operação (B): o investidor tem um lucro de $3.000,00

No gráfico abaixo, o qual mostra o perfil de lucro/prejuízo no vencimento da opção, podem ser melhor visualizados os potenciais retornos/riscos propiciados por esta estratégia.

3) Compra de Opções de Venda - assumindo uma posição Titular de Opções de Venda.

Para a realização dessa estratégia, o investidor adquire opções de venda, pagando por elas uma quantia em dinheiro (o prêmio) na abertura da operação. Em decorrência disso, ele passa a ser titular das opções de venda, tendo, portanto, o direito de vender as ações pelo preço de exercício, se isso for interessante para ele.

Supondo que o investidor permaneça no mercado até o vencimento das opções, descrevemos, abaixo, a abertura da operação e dois possíveis resultados quando do seu encerramento.

Momento 1 - a abertura da operação, em 21/10/xxxx

Dados relevantes

Ação objeto: W ;

Quantidade de ações por opção: 1.000

Preço a Vista: $72,00;

Preço de Exercício da Opção de Venda: $70,00

Prêmio da Opção de Venda: $ 2,50;

Vencimento da Opção: 18/12/xxxx

Dispêndio na abertura da operação: $ 2.500,00 (1.000 * $2,50)

Momento 2 - o encerramento da operação em 18/12/xxxx

Hipótese A - supondo que o preço a vista seja superior ao preço de exercício, por exemplo $80,00.

Nessa situação, não será interessante exercer a opção (vender as ações por $70,00) e o investidor deixará que ela expire.

Resultado Final da Operação (A): o investidor perdeu a totalidade do capital investido ($2.500,00)


Hipótese B - supondo que o preço a vista seja inferior ao preço de exercício, por exemplo $62,00.

Dada essa condição do preço a vista, será interessante para o investidor adquirir as ações no mercado a vista por $62,00 e exercer seu direito de vendê-las por $70,00. Além disso, o investidor poderia alternativamente vender a opção em mercado, por um prêmio provavelmente igual a $ 8,00.

Desconsiderando-se os custos envolvidos nas transações, o resultado do encerramento em ambas as situações seria de $ 8.000,00:

Compra a Vista + Exercício da Opção de Venda:

(-62,00 * 1.000) + (70,00 * 1.000)

Venda das Opções de Compra:

8,00 * 1.000

Resultado Final da Operação (B): o investidor apurou um ganho de $5.500,00 (8.000,00 - 2.500,00)


Nota: é interessante ressaltar que o exercício não é automático. Caso o investidor não o solicite ele não será feito, o que significará que o investidor deixará de obter o ganho de $8.000,00. Como após o vencimento as opções expiram (perdem sua validade), o resultado do investidor, nesse caso, será a perda total do valor pago quando da aquisição das opções ($2.500,00).

No gráfico abaixo, o qual mostra o perfil de lucro/prejuízo no vencimento da opção, podem ser melhor visualizados os potenciais retornos/riscos propiciados por esta estratégia.

4) Venda de Opções de Venda - assumindo uma posição Lançadora de Opções de Venda.

Na realização dessa estratégia, o investidor vende opções de venda, recebendo por elas uma quantia em dinheiro (o prêmio) na abertura da operação. Em decorrência disso, ele assume a obrigação de, se solicitado, atender ao exercício do titular, ou seja, se o titular quiser vender as ações pelo preço de exercício, ele se compromete a comprá-las.

Supondo que o investidor permaneça no mercado até o vencimento das opções, descrevemos, abaixo, a abertura da operação e dois possíveis resultados quando do seu encerramento.

Momento 1 - a abertura da operação, em 21/10/xxxx

Dados relevantes

Ação objeto: W ;

Quantidade de ações por opção: 1.000

Preço a Vista: $72,00;

Preço de Exercício da Opção de Venda: $70,00

Prêmio da Opção de Venda: $ 2,50;

Vencimento da Opção: 18/12/xxxx

Recebimento na abertura da operação: $ 2.500,00 (1.000 * $2,50)

Momento 2 - o encerramento da operação em 18/12/xxxx

Hipótese A - supondo que o preço a vista seja superior ao preço de exercício, por exemplo $80,00.

Nessa situação o lançador não será exercido e, portanto, não precisará comprar as ações pelo preço de exercício e reterá a totalidade do prêmio recebido no início da operação.

Resultado Final da Operação (A): o investidor tem um lucro de $ 2.500,00


Hipótese B - supondo que o preço a vista seja inferior ao preço de exercício, por exemplo $62,00.

Dada essa condição do preço a vista, o investidor será exercido, ou seja, terá que comprar as ações por $70,00 (o preço de exercício), e as venderá no mercado a vista por $ 62,00.

Desconsiderando-se os custos envolvidos nas transações, o resultado seria um prejuízo de $8.000,00:

Exercício + Venda a Vista:

(- 70,00 * 1.000) + ( 62,00 * 1.000)

Resultado Final da Operação (B): o investidor teve uma perda de $5.500,00 (- 8.000,00 + 2.500,00)

No gráfico abaixo, o qual mostra o perfil de lucro/prejuízo no vencimento da opção, podem ser melhor visualizados os potenciais retornos/riscos propiciados por esta estratégia.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Primeiros passos no mercado de acoes

Como funciona o mercado de ações?

Da parte da empresa, emitir ações negociadas em bolsas de valores consiste em boa alternativa de captação de recursos a fim de viabilizar investimentos, propiciar seu crescimento, pagar dívidas, adquirir máquinas e equipamentos, etc. O título de renda variável ou ação é a menor fração do capital social de uma empresa e só pode ser emitido pelas empresas de capital aberto que são as sociedades anônimas. A oferta de ações na bolsa de valores pelas empresas de capital aberto transforma o investidor que compra seus papéis em sócio da empresa. Para o investidor, a compra de ações além de representar uma opção de investimento que geralmente proporciona ganho acima da média, permite participação desse investidor no capital da empresa.

Como investir em ações sem sofrer um colapso?

Se você for investir em ações tem que estar ciente que é um mercado de risco porque não há garantia de retorno. Quanto maior a possibilidade de ganho, mais risco. Apesar disso, é possível montar sua carteira de

investimentos com escolha de ações de empresas que sofrem menos solavancos no mercado, ou seja, ações menos suscetíveis aos rumores, preservando o ritmo de seu batimento cardíaco. Consultores recomendam que o investidor não deve depender do recurso investido em bolsa para gastos imediatos. A indicação para aplicar neste mercado visa um horizonte no médio e longo prazos, podendo dar fôlego para recuperação dos ativos, quando houver queda na bolsa. Devido ao risco, orienta-se investir apenas uma pequena parte do patrimônio total

Quebre o mito: bolsa não é cassino

Ao contrário dos países europeus, os EUA e o Canadá, no qual a cultura de investimentos em bolsa está amadurecida e faz parte do dia-a-dia do cidadão comum, o Brasil ainda engatinha. Programas educacionais e a

estabilidade econômica do país estimularam o crescimento do investimento em ações nos últimos anos, mas considerando o potencial do mercado brasileiro ainda é irrisório. Para a maioria dos brasileiros prevalecem o medo e o preconceito. A bolsa de valores é ainda vista como cassino, um mercado guiado pela sorte e especulação. Essa visão está completamente destorcida e demonstra falta de informação sobre o

funcionamento do mercado de capitais. Investir em bolsa é participar efetivamente do negócio da empresa, se a companhia acumular um bom

desempenho, aumenta o preço das ações; se for mal, também há reflexo no valor dos papéis. A transparência e a informação são as principais armas para a tomada de decisão acertada. Não há como ficar à mercê da sorte se o acionista tiver acesso aos relatórios nos quais constam os resultados das empresas, acompanhar as tendências de mercado, participar das assembléias abertas aos acionistas minoritários e tiver à disposição profissionais capacitados que prestam assessoria técnica. A soma desse conjunto de fatores permite que você mesmo possa gerir seus recursos com êxito.

Qual é o ganho?

Quando uma empresa tem lucro, parte desses resultados vai para o bolso do investidor na forma de proventos (dividendos, lucro e bonificações). Toda vez que a empresa acumula resultados positivos, o investidor tem

ganho duplo, pelos proventos pagos aos acionistas e pela valorização do preço da ação.

Comprar ações é entrar numa sociedade.

Comprar ações significa que você será sócio de uma empresa. Ninguém participa de uma sociedade sem conhecer a empresa profundamente. Deve-se analisar seu grau de endividamento, lucro, patrimônio, quanto vale essa empresa no mercado, seu potencial de crescimento, sua participação no setor. Os mesmos critérios irão guiá-lo para a escolha dos papéis que farão parte de seus investimentos, não só no momento da aquisição como também acompanhamento dos papéis. Saiba que investir em ações requer atenção e dedicação de sua parte da mesma forma se você fosse o dono da empresa. Quem entra em um negócio para perder dinheiro?

A hora da escolha

Entre as várias opções de empresas listadas em bolsa parece difícil escolher quais ações são as mais adequadas para você. Algumas dicas podem ajudá-lo a construir sua carteira de investimentos. A primeira regra

fundamental constitui na máxima “não colocar todos os ovos na mesma cesta”, ou seja, não compre ações de uma única empresa, diversifique, distribua seus recursos em diferentes companhias e setores para não ser pego desprevenido se ocorrer uma crise internacional em algum segmento.

Em segundo lugar, defina seus objetivos de investimentos. Você pretende investir para manter seu padrão financeiro na aposentadoria, pagar a faculdade de seu filho, fazer um curso de especialização no exterior, casar, etc. Questione-se sobre o destino futuro de suas aplicações atuais. Ao traçar sua meta e seu perfil de investidor fica mais fácil montar uma carteira de ações adequada à sua expectativa de investimento. Por exemplo, para quem pretende começar a investir para acumular uma renda adicional vale a pena analisar empresas que acumulam bons resultados, tenham solidez, lucratividade e distribuam bons dividendos.

Outro ponto é a liquidez da ação, que significa a facilidade de comprar e vender o título de determinada empresa. Quando você ouvir que determinada ação não tem liquidez significa que pode haver dificuldade de

vender a ação no momento que você precisa. O Ibovespa é o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo que concentra as ações de maior liquidez, ou seja, são as mais negociadas do mercado.

O que influencia no preço da ação?

Há vários fatores que impactam no valor da ação. Alguns deles são: conjuntura da economia nacional e internacional, panorama político, desempenho da empresa e performance do setor. Entre os exemplos recentes que impactaram em queda vertiginosa nos mercados mundiais podemos citar os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas doWorld Trade Center, nos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou o dia em baixa histórica de 10,1%. O mercado de capitais também sofre influências positivas. Neste ano, a Companhia Vale do Rio Doce (CVDC) obteve sua classificação de risco elevada de BBB para BBB+, pela Standard & Poor's Ratings Services (S&P), uma das maiores agências

mundiais de rating de crédito, que analisa riscos setoriais e econômicos de empresas de diferentes setores. Os bons fundamentos do mercado global do minério de ferro, as perspectivas favoráveis de crescimento com

diversificação das atividades da CVDC, o desempenho sólido de sua rentabilidade e um perfil financeiro baseado em liquidez e prudente administração de dívida foram aspectos que ajudaram a decisão de promover a mudança no rating da CVRD. A publicação da nota de classificação impactou em alta da ação de 3,08% no dia 22 de maio de 2006, encerrando o dia em R$ 43,20.

Compra de Ações

Como faço para comprar uma ação?

Para muitas pessoas, visualizar todo o processo de compra de uma ação é complicado e distante de sua realidade. A Win pretende mostrar a você que adquirir títulos ou ações é mais simples do

que se imagina. É tão fácil quanto comprar um produto no shopping com a diferença de que você pode ganhar dinheiro com esta aquisição. Além disso, você não perde tempo, o ato da compra não passa de dois segundos. Mostraremos todas as etapas que nvolvem a compra de uma ação desde o momento que você dá a ordem de compra até o momento que você recebe o recibo do título.

Quem pretende comprar uma ação vai à bolsa?

Não. Ninguém compra ações diretamente na bolsa de valores. As ações são compradas pelas corretoras, por isso qualquer pessoa ou empresa que vai investir em ações deve abrir uma conta em uma corretora. Cabe à corretora executar a ordem de compra e venda de ações de seus clientes. Os operadores e sistemas da corretora fazem a ponte entre o cliente e a negociação acontece no pregão da bolsa.

Quais são as formas de comprar ações?

Você pode comprar papéis tanto pela internet como por telefone. O custo pela internet é mais barato, a corretora não tem custo operacional, todo trabalho é automatizado, o que reverte em

menor despesa para o cliente. Por meio do sistema home broker, a ordem de compra é enviada via internet diretamente para o servidor da corretora que a encaminha instantaneamente à Bovespa. Já a ordem enviada por telefone gera despesas com pessoal, treinamento, telefonia, elevando os custos operacionais para a corretora e isso explica o preço mais alto da corretagem nas operações por telefone.

Na prática, como compro uma ação?

Vamos supor que você já tenha feito a escolha dos papéis que vai comprar. Você entra em contato com a corretora por telefone ou internet e envia a ordem de compra. Em tempo real, a corretora envia à bolsa a ordem e, no mesmo momento que ocorre a negociação, a bolsa de valores encaminha eletronicamente a confirmação da compra.

O dinheiro sai da conta no mesmo instante da compra?

Não. O pagamento da compra ação ocorre em três dias. O dinheiro fica retido na corretora durante esses três dias, impossibilitando o cliente de utilizar esses recursos destinados ao pagamento da ação. Após esse período, ocorre a liquidação da operação.


Quando receberei as ações? Quais são minhas garantias?

Não há o envio de ações, pois elas não existem fisicamente. A custódia é escritural, ou seja, elas ficam documentadas e registradas em nome de quem as comprou, garantindo a sua propriedade. Quem realiza esse registro e seu direito de posse é a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), órgão que assegura a liquidação física e financeira de todos os negócios realizados na Bovespa.

Na prática, o crédito das ações estará em sua conta em três dias, após a operação financeira ser liquidada.

Nada impede, no entanto, que você venda esses ativos antes dessa data, uma vez que para todos os efeitos, você receberá esses ativos.

Vou receber algum comprovante de compra?

Sim, há três tipos de comprovantes distintos: o da Bovespa, o da CBLC e o da corretora. Você receberá pelo correio dois recibos: o Aviso de Negociação de Ações (ANA), enviado pela Bovespa, e o Extrato de Custódia, emitido pela CBLC, no qual consta a posição em ativos do

investidor e as movimentações ocorridas durante o mês de referência. A corretora disponibiliza via internet a Nota de Corretagem, contendo o nome do investidor, a quantidade, o preço e as despesas como a corretagem.

O passo a passo para participar de um IPO

A abertura de capital de empresas como a Bovespa Holding, que estreou com alta de 52% provocou muita curiosidade dos investidores sobre como participar desse tipo de negociação. Veja aqui o passo a passo para garantir uma vaga no próximo IPO:


1. Contate seu corretor (não é possível investir na Bolsa sem o intermédio deste profissional).

2. Verifique o cronograma da oferta e descubra qual é o período de reserva da ação. No caso da BM&F, que tem estréia prevista para 30 de novembro, os pedidos de reserva serão aceitos até o dia 27 de novembro.

3. Feita esta reserva, ela pode ser aceita integralmente ou não, dependendo do interesse despertado pelo IPO. No caso da Bovespa, por exemplo, os investidores poderiam fazer reservas de R$ 3.000 a R$ 300 mil, mas a procura foi tão grande que os pedidos máximos atendidos foram de R$ 12 mil. Para a BM&F, os limites serão de R$ 5 mil a R$ 300 mil.

4. Para descobrir os próximos IPOs, um bom caminho é o site da CBLC. Na página inicial, estão listadas as ofertas públicas.

http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/2007/11/01/ult5346u16.jhtm

Entenda como a crise nos imóveis dos EUA afeta o mundo

http://economia.uol.com.br/infografico/2007/08/03/ult4539u3.jhtm

Grau de investimento em compasso de espera

Há grande expectativa sobre a perspectiva de o Brasil passar a integrar o seleto grupos dos países classificados como "Grau de
Investimento". Muitos especulam que essa graduação possa ocorrer já em 2008.
Os benefícios gerados pela obtenção do grau de investimento seriam enormes ao país, pois elevariam a musculatura do mercado financeiro
doméstico, com destaque para o mercado acionário, em decorrência da onda de IPOs que se formou desde 2006.
É certo, porém, que haverá ônus nessa graduação, que será a valorização do real em maior intensidade, visto que um volume ainda maior de
recursos estrangeiros deve aportar no país, pois grandes fundos de pensão não realizam seus investimentos no Brasil devido a seu regulamento não
permitir.
Há algum tempo, nossos governantes questionam as agências de classificação de risco de crédito quanto ao fato de o
Brasil ainda não fazer parte do seleto grupo dos países classificados como grau de investimento. A defesa do governo se
apóia, na maioria das vezes, na tese de que houve significativa redução dos pontos de vulnerabilidade interna e externa,
bem como a melhora do perfil de vencimento da dívida soberana.
Em partes, a alegação do governo é lícita. Entretanto, creio que falta um pouco mais de entendimento dentro do governo
de como se determina uma classificação de risco soberano.
A atribuição de um rating não se apóia apenas na capacidade efetiva de pagamento das dívidas, mas também na vontade
do ente público querer pagar seus credores. Portanto a avaliação segue duas vias: quantitativa e qualitativa.
Na primeira, quantitativa, de forma muito sucinta, pode-se dizer que é feita uma avaliação dos ativos e passivos do ente
público. Na segunda, qualitativa, são considerados pontos importantes que possam dar sustentabilidade ao governo para
honrar duas dívidas no longo prazo como, por exemplo, expectativa de crescimento do PIB per capita.
Além disso, são avaliados pontos como a gestão da máquina administrativa no país, o desempenho de indicadores sócio-econômicos que determinam
o potencial de crescimento econômico no longo prazo e a capacidade de pagamento do ente soberano nesse horizonte, além dos riscos institucionais
e garantias do cumprimento das regras do mercado, entre outros.
Há no Brasil uma clara inversão quanto à lógica da obtenção da classificação do grau de investimento e
crescimento econômico. Ou seja, não é a graduação ao grau de investimento que fará com que o Brasil cresça ao
mesmo nível dos demais países emergentes, que está em média 6% ao ano segundo dados do Fundo Monetário
Internacional.
Um crescimento do PIB brasileiro em níveis muito superiores à taxa média de 2,3% observada nos últimos dez anos
(1997-2006) só será alcançado com a aplicação de eficientes políticas nos campos fiscal, monetário e cambial, que
resultarão na obtenção do tão sonhado grau de investimento.
Não há uma fórmula exata para o Brasil atingir o nível de grau de investimento, e se houvesse, ela não seria tão simples. Isso porque são necessárias
as realizações de reformas concretas em setores importantes da economia, particularmente no que diz respeito à previdência social.
Hoje, o encargo da previdência social sobre as contas públicas é o "calcanhar de Aquiles" para se ajustar um importante indicador de solvência: a
relação dívida/PIB.
Outro ponto que foge aos "olhos do governo", mas não das avaliações de risco, são os chamados passivos contingentes, ou "esqueletos", mantidos
pelo governo e que preservam um nível de insolvência significativo, como é o caso dos precatórios, que estão estimados em 10% da dívida pública
mobiliária interna, ou 5% do PIB, e se amontoam sem qualquer controle nas secretarias de Fazenda dos Estados e Municípios, entes público que
dependem das transferências de recursos da União. Entretanto, nem tudo está perdido. Há uma luz no fim do túnel que renova as esperanças quanto
ao grau de investimento.
Algumas medidas mais práticas e, teoricamente, mais fáceis de serem adotadas, contribuem para que o Brasil alcance mais rapidamente o grau de
investimento. Uma dessas medidas é a concessão da autonomia "de jure" do Banco Central e não apenas operacional como ocorre hoje. Ou seja, o
presidente do Banco Central teria um mandato a ser cumprido sem ter que se preocupar com ingerências políticas, como é o sistema adotado há
décadas nos Estados Unidos.
Nesse sentido, a autonomia "de jure" do Banco Central certamente eliminaria as incertezas advindas quanto ao futuro da política monetária em um
"Não há fórmula
exata para o
Brasil atingir o
grau de
investimento"
novo início de mandato presidencial, o qual costuma ser acompanhado da realização da conhecida "reforma ministerial" e quase sempre, mas não via
de regra, o presidente do Banco Central é trocado por uma mera conveniência política.
O ato da conquista da autonomia "de jure" do Banco Central contribuiria de forma contundente para a redução da taxa de risco-país, em decorrência
da menor exigência de prêmio nos ativos financeiros domésticos por parte dos investidores estrangeiros.
Dessa forma, a taxa de juro básica da economia poderia ser reduzida sensivelmente, proporcionando ao menos dois efeitos positivos: redução do
encargo da dívida pública e estímulo aos investimentos; e isso permitiria o crescimento sustentado.
Enfim, podemos concluir, de forma clara e objetiva, que o Brasil deverá demorar ainda algum tempo para ser graduado ao seleto grupo de países
com grau de investimento e, portanto, ainda aguardar ansiosamente para um crescimento mais vigoroso e consistente do mercado acionário.
Em um cenário otimista, que se apóia na realização das reformas necessárias e maior crescimento do país, é possível que a obtenção do grau de
investimento ocorra lá pelos idos de 2009.
Tal prognóstico decorre das ainda superficiais, ou deficientes, reformas no campo fiscal, pelo elevado nível de concentração de renda, carga tributária
e nível de burocracia, e pela desarmonia política existente no país, que coloca quase sempre o bem social em segundo plano.
Alex Agostini é economista-chefe da Austin Rating e escreve mensalmente na InfoMoney, às segundas-feiras.
alex.agostini@infomoney.com.br

http://web.infomoney.com.br//templates/news/print.asp?codigo=871342&path=%2Finvestimentos%2F 12/4/2007

Como funciona os "pontos" em uma bolsa de valores?

Funciona assim: Cada bolsa de valores no mundo negocia as ações somente de certas empresas, não de todas que possuem ações.
Isso explica por que a BOVESPA tem valores diferentes do que o Dow Jones, porque as duas negociam papeis de diferentes empresas, uma ou outra negociam nelas ao mesmo tempo, mas não todas.
Os pontos que são mostrados seriam uma média da rentabilidade das ações deste grupo de empresas.
Um exemplo tosco.
Suponha que uma bolsa venda as ações de duas empresas Aib e Cde.
Então o valor de suas ações no fim da segunda é de R$ 100,00 para Aib e R$ 200,00 para Cde.
No dia seguinte, a bolsa abre e o valor é de R$ 180,00 para Aib e R$ 150,00 para Cde.
A rentabilidade média das ações de Aib e Cde juntas é

R = [ (180,00 - 100,00) + (150,00 - 200,00) ]/2 = 15,00

Então arentabilidade média destas ações foi de R$ 15,00, apesar de as ações de Cde terem baixado.
Os pontos na bolsa são calculados de modo mais complexo, mas no fundo é isso ai, os pontos representam um aumento ou diminuição média da rentabilidade do conjunto de ações negociadas pela bolsa.
Então, quando você ouvir que a bolsa de São Paulo aumentou 15.000 pontos quer dizer que, na média, as ações tiveram um aumento, ou seja, a maioria das ações subiram, mesmo que outras tenham caido. E se houve pontos negativos, quer dizer que o preço da maioria das ações cairam, mesmo que algumas tenham subido.


O indice bovespa 'e composto pelas 52 acoes mais negociadas nos seis meses anteriores ao indice, ou seja o indice de hoje corresponde as acoes mais negociadas nos seis meses anteriores, como 'e um conjunto das 52 acoes, e cada uma tem um valor , 'e feito uma media desses valores, ou seja quando se fala em 45.000 pontos , estao te dizendo que um INDICE BOVESPA vale 45000,00 reais, hoje a acao de maior indice 'e a Petrobras que corresponde a aproximadamente 17%, traduzindo se a Petro subir muito ela ajuda e muito no INDICE e o contrario tambem 'e verdadeiro, e neste ano a Petro nao esta nada bem , e por consequencia o indice tambem.




Bolsa deve subir mais de 30% no próximo ano, prevêem analistas

http://economia.uol.com.br/ultnot/2007/12/20/ult4294u901.jhtm

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve fechar o próximo ano com cerca de 80 mil pontos, o que significa uma alta de 30,9% em relação ao fechamento da última terça-feira (18/12). O número foi obtido a partir de levantamento feito pelo UOL com dez corretoras de valores que já definiram sua previsão para o Ibovespa.

Entre os analistas consultados, os mais otimistas são os da Win, home broker da Alpes Corretora. Eles projetam a Bovespa a 85 mil pontos no final de 2008, o que representa um avanço de 32,1% em relação ao nível verificado na última sexta-feira. A estimativa menos otimista é a da Ativa: 76.500 pontos, alta de 20,1%, na mesma base de comparação.

"As condicionantes são todas favoráveis (ao avanço da Bolsa)", diz Keyler Rocha, professor do departamento de Administração e Finanças da USP (Universidade de São Paulo). "A inflação está sob controle, o Brasil está com um crescimento razoável, as reservas estão elevadas, o real está em um bom nível, as empresas estão com excelente lucratividade", analisa o professor.

A perspectiva de que agências de classificação de risco atribuam ao país o status de grau de investimento (o que significa dizer que se reduziu a chance de o país dar calote nos seus credores) também contribuiu para a projeção positiva. "Isso acontecendo, alguns fundos internacionais, que não podem investir no Brasil hoje, vão passar a ter essa permissão", lembra o professor.

A tendência à queda da taxa de juros também deve ajudar a Bolsa, segundo Rocha, uma vez que os investimentos em renda fixa ficarão menos atrativos. O retorno da aplicação em renda fixa deve ficar ao redor de 10%, prevê Daniel Gorayeb, analista de investimento da Spinelli.

Risco
A crise do
subprime (empréstimos imobiliários de alto risco nos Estados Unidos) e a possível desaceleração (ou mesmo recessão) na economia dos Estados Unidos estão entre os fatores que mais preocupam investidores.

Já o fim da CPMF divide analistas; uns temem impacto negativo no crescimento do país caso o governo aumente outros impostos para compensar a perda, outros vêem uma chance de o governo passar a controlar melhor os gastos. Outros, ainda, enxergam novas oportunidades em ações de empresas que se beneficiam com o fim do tributo.

O impacto que a Bovespa sofrerá do exterior será "menos positivo", enquanto a influência de fatores internos será mais benéfica para as ações brasileiras, resume Gorayeb, da Spinelli. Ele prevê que a taxa básica de juros, a Selic, caia em 2008, desencadeando aumento de consumo da população e, portanto, das vendas das empresas.

"O lucro médio das empresas do Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) deve subir cerca de 25%, sustentando uma alta similar para o índice", estima Gorayeb. A fraqueza da economia americana assusta, segundo ele, "mas não a ponto de mudar o rumo da Bolsa brasileira". Sua corretora trabalha com a hipótese de desaceleração do PIB dos Estados Unidos, não de retração. Para o mercado nacional, ele prevê que notícias negativas vindas dos EUA causem apenas "perdas momentâneas".

Para Fausto Gouveia, da Win, os problemas do "subprime" preocupam, mas "dependem de como os bancos centrais vão reagir". Segundo ele, "é uma questão que tem solução".

A crise do crédito de alto risco nos Estados Unidos é "localizada" e não deve afetar o Brasil, na visão de Rocha, da USP. "O que preocupa mais é uma eventual recessão (nos EUA). Isso pode abalar as vendas no mundo, de modo que a lucratividade das empresas caia. Mas, se a China continuar comprando, como vem acontecendo, esse problema não vai existir", analisa o professor

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