quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Primeiros passos no mercado de acoes

Como funciona o mercado de ações?

Da parte da empresa, emitir ações negociadas em bolsas de valores consiste em boa alternativa de captação de recursos a fim de viabilizar investimentos, propiciar seu crescimento, pagar dívidas, adquirir máquinas e equipamentos, etc. O título de renda variável ou ação é a menor fração do capital social de uma empresa e só pode ser emitido pelas empresas de capital aberto que são as sociedades anônimas. A oferta de ações na bolsa de valores pelas empresas de capital aberto transforma o investidor que compra seus papéis em sócio da empresa. Para o investidor, a compra de ações além de representar uma opção de investimento que geralmente proporciona ganho acima da média, permite participação desse investidor no capital da empresa.

Como investir em ações sem sofrer um colapso?

Se você for investir em ações tem que estar ciente que é um mercado de risco porque não há garantia de retorno. Quanto maior a possibilidade de ganho, mais risco. Apesar disso, é possível montar sua carteira de

investimentos com escolha de ações de empresas que sofrem menos solavancos no mercado, ou seja, ações menos suscetíveis aos rumores, preservando o ritmo de seu batimento cardíaco. Consultores recomendam que o investidor não deve depender do recurso investido em bolsa para gastos imediatos. A indicação para aplicar neste mercado visa um horizonte no médio e longo prazos, podendo dar fôlego para recuperação dos ativos, quando houver queda na bolsa. Devido ao risco, orienta-se investir apenas uma pequena parte do patrimônio total

Quebre o mito: bolsa não é cassino

Ao contrário dos países europeus, os EUA e o Canadá, no qual a cultura de investimentos em bolsa está amadurecida e faz parte do dia-a-dia do cidadão comum, o Brasil ainda engatinha. Programas educacionais e a

estabilidade econômica do país estimularam o crescimento do investimento em ações nos últimos anos, mas considerando o potencial do mercado brasileiro ainda é irrisório. Para a maioria dos brasileiros prevalecem o medo e o preconceito. A bolsa de valores é ainda vista como cassino, um mercado guiado pela sorte e especulação. Essa visão está completamente destorcida e demonstra falta de informação sobre o

funcionamento do mercado de capitais. Investir em bolsa é participar efetivamente do negócio da empresa, se a companhia acumular um bom

desempenho, aumenta o preço das ações; se for mal, também há reflexo no valor dos papéis. A transparência e a informação são as principais armas para a tomada de decisão acertada. Não há como ficar à mercê da sorte se o acionista tiver acesso aos relatórios nos quais constam os resultados das empresas, acompanhar as tendências de mercado, participar das assembléias abertas aos acionistas minoritários e tiver à disposição profissionais capacitados que prestam assessoria técnica. A soma desse conjunto de fatores permite que você mesmo possa gerir seus recursos com êxito.

Qual é o ganho?

Quando uma empresa tem lucro, parte desses resultados vai para o bolso do investidor na forma de proventos (dividendos, lucro e bonificações). Toda vez que a empresa acumula resultados positivos, o investidor tem

ganho duplo, pelos proventos pagos aos acionistas e pela valorização do preço da ação.

Comprar ações é entrar numa sociedade.

Comprar ações significa que você será sócio de uma empresa. Ninguém participa de uma sociedade sem conhecer a empresa profundamente. Deve-se analisar seu grau de endividamento, lucro, patrimônio, quanto vale essa empresa no mercado, seu potencial de crescimento, sua participação no setor. Os mesmos critérios irão guiá-lo para a escolha dos papéis que farão parte de seus investimentos, não só no momento da aquisição como também acompanhamento dos papéis. Saiba que investir em ações requer atenção e dedicação de sua parte da mesma forma se você fosse o dono da empresa. Quem entra em um negócio para perder dinheiro?

A hora da escolha

Entre as várias opções de empresas listadas em bolsa parece difícil escolher quais ações são as mais adequadas para você. Algumas dicas podem ajudá-lo a construir sua carteira de investimentos. A primeira regra

fundamental constitui na máxima “não colocar todos os ovos na mesma cesta”, ou seja, não compre ações de uma única empresa, diversifique, distribua seus recursos em diferentes companhias e setores para não ser pego desprevenido se ocorrer uma crise internacional em algum segmento.

Em segundo lugar, defina seus objetivos de investimentos. Você pretende investir para manter seu padrão financeiro na aposentadoria, pagar a faculdade de seu filho, fazer um curso de especialização no exterior, casar, etc. Questione-se sobre o destino futuro de suas aplicações atuais. Ao traçar sua meta e seu perfil de investidor fica mais fácil montar uma carteira de ações adequada à sua expectativa de investimento. Por exemplo, para quem pretende começar a investir para acumular uma renda adicional vale a pena analisar empresas que acumulam bons resultados, tenham solidez, lucratividade e distribuam bons dividendos.

Outro ponto é a liquidez da ação, que significa a facilidade de comprar e vender o título de determinada empresa. Quando você ouvir que determinada ação não tem liquidez significa que pode haver dificuldade de

vender a ação no momento que você precisa. O Ibovespa é o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo que concentra as ações de maior liquidez, ou seja, são as mais negociadas do mercado.

O que influencia no preço da ação?

Há vários fatores que impactam no valor da ação. Alguns deles são: conjuntura da economia nacional e internacional, panorama político, desempenho da empresa e performance do setor. Entre os exemplos recentes que impactaram em queda vertiginosa nos mercados mundiais podemos citar os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas doWorld Trade Center, nos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou o dia em baixa histórica de 10,1%. O mercado de capitais também sofre influências positivas. Neste ano, a Companhia Vale do Rio Doce (CVDC) obteve sua classificação de risco elevada de BBB para BBB+, pela Standard & Poor's Ratings Services (S&P), uma das maiores agências

mundiais de rating de crédito, que analisa riscos setoriais e econômicos de empresas de diferentes setores. Os bons fundamentos do mercado global do minério de ferro, as perspectivas favoráveis de crescimento com

diversificação das atividades da CVDC, o desempenho sólido de sua rentabilidade e um perfil financeiro baseado em liquidez e prudente administração de dívida foram aspectos que ajudaram a decisão de promover a mudança no rating da CVRD. A publicação da nota de classificação impactou em alta da ação de 3,08% no dia 22 de maio de 2006, encerrando o dia em R$ 43,20.

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