terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Oportunidades: análise técnica traz sugestões de compra e venda

11/02/08 - 12h30
InfoMoney

SÃO PAULO - Em tempos de volatilidade, a busca pelos melhores pontos de entrada e saída de uma posição ganha ainda mais importância. A análise técnica é um dos instrumentos que pode ajudar os investidores a monitorar o comportamento de determinadas ações, auxiliando a tomada de decisão.

Entre os papéis que podem ser boas pedidas de compra, a assessoria de investimentos Investor vê com bons olhos as units do Unibanco (UBBR11). As recentes quedas levaram o papel a testar, simultaneamente, importantes suportes, e os atuais níveis de preços oferecem ponto de compra, tendo em vista a manutenção da tendência de alta no longo prazo.

Para os que procuram ganhos de curto prazo, uma das sugestões da consultoria TCX Trading é a ação preferencial da Confab (CNFB4). O rompimento da resistência nos R$ 5,09 abre espaço para compra, com novos objetivos em R$ 5,35 e R$ 5,55. Já a perda dos R$ 4,90 pede stop loss.

Vale gera discussão
Acima de R$ 39,60, a ação ordinária da Perdigão (PRGA3) também sinaliza oportunidade no curto prazo, desafiando, então, resistências em R$ 43,14 e R$ 44,01. Outra sugestão da TCX é o papel preferencial classe A da Vale (VALE5): com stop na perda dos R$ 44,35, a consultoria recomenda a compra do ativo após o rompimento de R$ 45,85, com próximos objetivos em R$ 52,21 e R$ 56,27.

Contudo, a sugestão para o ativo da mineradora gera discussão. Rubens Góes, analista gráfico da Ativa Corretora, avalia que o volume decrescente somado ao comportamento destas ações demonstra dúvida por parte do mercado.

No curto prazo, é esperado movimento lateral, entre R$ 43,50 e R$ 47,00. Acima de R$ 46,25 este papel buscaria então novos objetivos em R$ 47,00 e R$ 47,45, resistência que deve ser rompida para o ativo mostrar força. Já abaixo de R$ 45,00 este ativo segue "perdido", com pontos em R$ 44,00, R$ 43,50 e R$ 42,50. Nesta última faixa, começa a decisão para o lado da venda, com outros suportes em R$ 41,66, R$ 40,80 e o principal deles, em R$ 40,00.

Com visão no longo prazo, a Unibanco Corretora, por sua vez, avalia que o papel mostra recuperação após testar importantes suportes, com o índice que mede força das tendências apresentando melhora. A principal resistência a ser testada está em R$ 50,04.

Cuidado com a Petrobras
Falando em outra blue chip, a Petrobras (PETR4), "indefinição" e "cautela" são as palavras que definem o papel. Góes, da Ativa Corretora, acredita que uma definição de comportamento se dará somente quando este ativo romper algum dos extremos da faixa de indefinição em que caminha, entre R$ 78,30 e R$ 82,70.

A ruptura para cima significaria a perda da congestão com busca de novo objetivo nos R$ 87,00, contudo, com resistências em R$ 85,15, R$ 85,60 e R$ 86,00. Já abaixo de R$ 80,95, a ação preferencial da estatal testa primeiro o suporte nos R$ 80,00, antes de buscar o fundo da congestão em R$ 78,30. A perda deste patamar levaria então à busca dos R$ 74,00, com intermédios nas faixas de R$ 77,50, R$ 76,50 e R$ 75,00.

A Unibanco Corretora vê este papel em acomodação de preço, recomendando cautela aos investidores com foco no longo prazo, já que tal movimento pode perdurar por algum tempo. A principal resistência a ser testada está em R$ 85,02.

Mais blue chips
A corretora avalia ainda os papéis de Bradesco (BBDC4), Usiminas (USIM5) e Itaú (ITAU4). A começar pela siderúrgica, cujas ações mostram acomodação da alta de médio e longo prazo desde outubro passado e apresentam suporte na casa de R$ 70,67, a instituição observou melhora nas últimas semanas, principalmente devido à ruptura de resistência.

As ações do Bradesco ensaiaram ultrapassar uma possível linha de suporte, o que tornaria viável uma recuperação nas cotações, mas precisa reagir para não confirmar mudança de tendência. A resistência fica nos R$ 56,89. Os ativos do Itaú mostram possibilidade de retomada de alta para breve, mas as recentes perdas pedem reação. A resistência marcada pelo papel está em R$ 47,79.

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